10/03/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge Silva Melo – Viver Amanhã como Hoje
Ainda não Acabámos, como se Fosse uma Carta
de Jorge Silva Melo
Portugal, 2016 - 78 min | M/12
com a presença de Jorge Silva Melo
É como se fosse Jorge Silva Melo por Jorge Silva Melo. O filme esteve para se intitular assim numa piscadela de olhos a JLG. JSM descreve-o como uma carta aos que contra todas as adversidades se tornam atores. Compô-lo com imagens lisboetas, parisienses, romanas, filmando e repescando imagens já filmadas, encenando a sua própria narrativa. Convocou um sério elenco de cúmplices, amigos e atores – “os que vieram antes”, os de gerações mais novas que a sua. “É um auto-retrato (auto-filme? auto-golo) comigo de costas: para que quem veja, veja o que eu vejo. Aquilo que vejo (vi, verei) será aquilo que sou? Mas é uma carta, é a ti que quero contar, a ti, rapaz que quiseste ser ator." Primeira exibição na Cinemateca.
11/03/2020, 18h30 | Sala Luís de Pina
Jorge Silva Melo – Viver Amanhã como Hoje
E Não se Pode Exterminá-Lo? – Cenas se Karl Valentin 1, 2, 3: Valentin nas Lojas | Valentin Canta | Valentin na Orquestra
de Solveig Nordlund, Jorge Silva Melo
com Luis Miguel Cintra, Raquel Maria, José Manuel Martins, Carlos Barreto, Jorge Silva Melo, Isabel de Castro
Portugal, 1979 - 100 min | M/12
E NÃO SE PODE EXTERMINÁ-LO? regista a encenação de uma escolha de fragmentos de peças do alemão Karl Valentin por Jorge Silva Melo. Êxito extraordinário, este espetáculo tornou-se lendário. O filme é uma produção do Grupo Zero, do Teatro da Cornucópia e da RTP, e é um dos títulos que resultaram da colaboração entre aquela cooperativa e a RTP documentando trabalhos importantes da Cornucópia (casos ainda de MÚSICA PARA SI e VIAGEM PARA A FELICIDADE, de Solveig Nordlund). A versão da encenação para registo televisivo deu origem aos cinco episódios então transmitidos na RTP, com a personagem de Valentin apresentada por dois atores no decorrer das cenas – Jorge Silva Melo e Luis Miguel Cintra: “Valentin nas Lojas”, “Valentin Canta”, “Valentin na Orquestra”, “Valentin no Trabalho”, “Valentin Faz Balanço”.
11/03/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge Silva Melo – Viver Amanhã como Hoje
Passagem ou A Meio Caminho
de Jorge Silva Melo
com Luís Lucas, João Guedes, Diogo Dória, Glicínia Quartin, Isabel de Castro
Portugal, 1980 - 85 min | M/12
com a presença de Jorge Silva Melo
Escrito e filmado a partir da vida e obra do escritor alemão Georg Büchner (1813-1837), à luz elétrica e à máquina de escrever, sem reconstituição histórica. Fala-se da Guerra de Espanha e de Cézanne, através da sobreposição de épocas e de citações. Mas o “fundo” – nunca nomeado – é o 25 de Abril. “À entrada dos anos 80, e no seu primeiro filme, Jorge Silva Melo deu-nos a ver a escuridão da selva. Talvez por ser tão escura – neste filme tão claro – tantos se perderam nela, não percebendo como a vida parava e como era preciso (necessário) pintá-la naquele momento.” (João Bénard da Costa)
12/03/2020, 18h30 | Sala Luís de Pina
Jorge Silva Melo – Viver Amanhã como Hoje
E Não Se Pode Exterminá-Lo? – Cenas de Karl Valentin 4, 5: Valentin no Trabalho | Valentin Faz Balanço
de Solveig Nordlund, Jorge Silva Melo
com Luis Miguel Cintra, Raquel Maria, José Manuel Martins, Carlos Barreto, Jorge Silva Melo, Isabel de Castro
Portugal, 1979 - 56 min | M/12
Últimos dois episódios da versão da encenação para registo televisivo de E NÃO SE PODE EXTERMINÁ-LO?, o espetáculo da Cornucópia que que deu origem aos cinco episódios transmitidos na RTP, com a personagem de Valentin apresentada por dois atores no decorrer das cenas – Jorge Silva Melo e Luis Miguel Cintra.
12/03/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge Silva Melo – Viver Amanhã como Hoje
Ninguém Duas Vezes
de Jorge Silva Melo
com Manuela de Freitas, Luis Miguel Cintra, José Mário Branco, Michael König, Glicínia Quartin
Portugal, Alemanha, França, 1984 - 106 min | M/12
sessão apresentada por Miguel Lobo Antunes
Lisboa, 1983, é a segunda das vezes para as personagens deste filme. Da primeira, na mesma cidade, em 1975, sabe-se em elipse. Em oito anos, o país está muito diferente e os dois casais protagonistas de NINGUÉM DUAS VEZES também. Uma mala sem dona no tapete rolante de um aeroporto, Lisboa como não-lugar, depois de ter sido lugar de tudo. “O que não mudou em Jorge Silva Melo – [depois de PASSAGEM] e continuou a não mudar em AGOSTO ou em COITADO DO JORGE – é a mesma saudade do romantismo, o mesmo olhar novo com que o assume. Não é por o saber passado que lhe volta as costas. É por o saber passado que o convoca.” (João Bénard da Costa)