CICLO
Que Faremos Nós com Esta Espada?


Um tributo ao cinema feito em Portugal
Uma viagem livre por imagens captadas desde 1896 até hoje
No dia que escolhemos para fazer a “festa de aniversário” (um convívio oferecido à comunidade cinematográfica e cultural portuguesa, a realizar no final desta sessão, às 22 horas, no espaço 39 Degraus), a Cinemateca presta homenagem ao trabalho de criação de cinema levado a cabo no país desde as primeiras imagens captadas em Portugal até aos dias de hoje. Não é um filme, nem um “programa de filmes”: ao longo de quatro horas, em projeção non-stop, o que acontecerá será a exibição de bobinas de obras realizadas em Portugal ao longo de todas as épocas do nosso cinema, nalguns casos correspondendo à obra integral (quando se trata de filmes de uma só bobina), noutros (que são a maioria) correspondendo a troços coincidentes com essa unidade e duração. Aqui e ali, haverá a explícita vontade de evocar “filmes, figuras e factos da história do cinema português” (o título do livro do fundador da Cinemateca, M. Félix Ribeiro, publicado postumamente em 1983). De novo, porém (e não só porque a exaustividade seria impossível), o que está por trás do alinhamento feito é, acima de tudo, a ideia da viagem livre, não sistemática e não cronológica, sustentada na intuição e numa relação viva com a história do país. Quem nos quiser acompanhar ao longo do percurso, verá assim alguns filmes ou excertos de filmes de todas as épocas, géneros ou categorias, que se vão sucedendo de forma não hierarquizada, num fluxo em que o que prevalece é um jogo de sugestões e memórias, mais sustentado (insiste-se) na relação com a história do país desde o final do século XIX do que na própria “história do cinema português” ou num hipotético cânone de leitura dela. Quando se celebra o “Ano Europeu do Património Cultural” e num contexto de reflexão sobre o património português, o que queremos mais uma vez é chamar a atenção para o valor inestimável desta memória visual e para a importância de tê-la em conta nos debates sobre o futuro. A relação do país com o cinema (ou vice-versa) não foi necessariamente fácil e desprovida de lacunas e contradições que, como em qualquer outra área na mesma época, foram por vezes brutais. Mas Portugal teve um cinema, que, como sempre acontece, de algum modo nos espelhou, que nos permite hoje aceder a muita coisa da vida do país de forma insubstituível, e no qual, pesem embora essas lacunas e contradições, se realizaram algumas das mais belas manifestações artísticas da nossa cultura no mesmo período. O que faremos coletivamente com ele? Que faremos com esta espada?   
Sala M. Félix Ribeiro | Sex. [16] 18:00 – 22h00
 
Entrada livre, mediante o levantamento de ingresso na bilheteira.
 
 
16/11/2018, 18h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Que Faremos Nós com Esta Espada?

Que Faremos Nós com Esta Espada?
 
16/11/2018, 18h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Que Faremos Nós com Esta Espada?
Que Faremos Nós com Esta Espada?
Um tributo ao cinema feito em Portugal. Uma viagem livre por imagens captadas desde 1896 até hoje

18h00 - 22h00

Entrada livre, mediante o levantamento de ingresso na bilheteira.
No dia que escolhemos para fazer a “festa de aniversário” (um convívio oferecido à comunidade cinematográfica e cultural portuguesa, a realizar no final desta sessão, às 22 horas, no espaço 39 Degraus), a Cinemateca presta homenagem ao trabalho de criação de cinema levado a cabo no país desde as primeiras imagens captadas em Portugal até aos dias de hoje. Não é um filme, nem um “programa de filmes”: ao longo de quatro horas, em projeção non-stop, o que acontecerá será a exibição de bobinas de obras realizadas em Portugal ao longo de todas as épocas do nosso cinema, nalguns casos correspondendo à obra integral (quando se trata de filmes de uma só bobina), noutros (que são a maioria) correspondendo a troços coincidentes com essa unidade e duração. Aqui e ali, haverá a explícita vontade de evocar “filmes, figuras e factos da história do cinema português” (o título do livro do fundador da Cinemateca, M. Félix Ribeiro, publicado postumamente em 1983). De novo, porém (e não só porque a exaustividade seria impossível), o que está por trás do alinhamento feito é, acima de tudo, a ideia da viagem livre, não sistemática e não cronológica, sustentada na intuição e numa relação viva com a história do país. Quem nos quiser acompanhar ao longo do percurso, verá assim alguns filmes ou excertos de filmes de todas as épocas, géneros ou categorias, que se vão sucedendo de forma não hierarquizada, num fluxo em que o que prevalece é um jogo de sugestões e memórias, mais sustentado (insiste-se) na relação com a história do país desde o final do século XIX do que na própria “história do cinema português” ou num hipotético cânone de leitura dela. Quando se celebra o “Ano Europeu do Património Cultural” e num contexto de reflexão sobre o património português, o que queremos mais uma vez é chamar a atenção para o valor inestimável desta memória visual e para a importância de tê-la em conta nos debates sobre o futuro. A relação do país com o cinema (ou vice-versa) não foi necessariamente fácil e desprovida de lacunas e contradições que, como em qualquer outra área na mesma época, foram por vezes brutais. Mas Portugal teve um cinema, que, como sempre acontece, de algum modo nos espelhou, que nos permite hoje aceder a muita coisa da vida do país de forma insubstituível, e no qual, pesem embora essas lacunas e contradições, se realizaram algumas das mais belas manifestações artísticas da nossa cultura no mesmo período. O que faremos coletivamente com ele? Que faremos com esta espada?