24/10/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: Luis Ospina
Em colaboração com o Doclisboa
A Movie | Cosmic Ray | Report | Marilyn Times Five | Crossroads | Easter Morning
duração total da projeção: 100 min | M/12
Carta Branca a Luis Ospina
Com a presença de Luis Ospina
A MOVIE
Estados Unidos, 1958 – 12 min / sem diálogos
COSMIC RAY
Estados Unidos, 1962 – 15 min / sem diálogos
REPORT
Estados Unidos, 1967 – 13 min / legendado eletronicamente em português e inglês
MARILYN TIMES FIVE
Estados Unidos, 1973 – 14 min / sem diálogos
CROSSROADS
Estados Unidos, 1976 – 36 min / sem diálogos
EASTER MORNING
Estados Unidos, 2008 – 10 min / sem diálogos
de Bruce Conner
Uma sessão inteiramente composta por importantes filmes de Bruce Conner, pioneiro no domínio do “found footage”, que exerceu uma forte influência sobre todo o cinema de Ospina. A MOVIE é um célebre trabalho de colagem que junta fragmentos de filmes de série B, atualidades e outros materiais numa composição exemplar. Em COSMIC RAY, What’d I Say, de Ray Charles, serve de acompanhamento a uma colagem que remete diretamente para a questão atómica. REPORT assenta em imagens do assassinato de J. F. Kennedy, em que a repetição produz uma meditação sobre o marcante acontecimento e a sua representação, e em MARILYN TIMES FIVE tal operação de repetição é ensaiada mediante uma evocação de Marilyn Monroe. CROSSROADS, o filme mais longo do programa, revela-nos uma perspetiva singular do ensaio nuclear realizado em 1946 no Atol de Bikini, no Pacífico, através de imagens recolhidas por uma imensidão de câmaras usadas para fins de estudo, submetidas por Conner a um extremo ralenti. EASTER MORNING tem música de Terry Riley, e é o último trabalho do cineasta, concluído no ano em que este morreu. Com exceção de A MOVIE, todos os restantes são primeiras exibições na Cinemateca. A apresentar em cópias digitais.
25/10/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: Luis Ospina
Em colaboração com o Doclisboa
Al Pie | Al Pelo | A la Carrera
duração total da projeção: 78 min
legendados eletronicamente em português e inglês | M/12
Com a presença de Luis Ospina
AL PIE
AL PELO
A LA CARRERA
de Luis Ospina
Colômbia, 1991 – 26, 26, 26 min
Três filmes conhecidos como a “Trilogia dos Ofícios” e três exemplos do mais puro cinema direto de Ospina realizado em Cali. O primeiro, AL PIE, versa sobre os engraxadores das ruas da cidade. O segundo, AL PELO, regista a opinião de cabeleireiros sobre a sua vida, trabalho, sonhos, moda ou a homossexualidade. Na última parte da trilogia, A LA CARRERA, os motoristas de táxi de Cali partilham a sua perspetiva sobre a cidade, real ou fantasiada.
25/10/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
A Cinemateca com o Doclisboa: Luis Ospina
Em colaboração com o Doclisboa
Antonio María Valencia: Música en Cámara
de Luis Ospina
Colômbia, 1987 - 87 min
legendado eletronicamente em português e inglês | M/12
Com a presença de Luis Ospina
O filme resgata do esquecimento a memória trágica de Antonio María Valencia (1902 – 1952), pioneiro da cultura musical e artística de Cali. Um retrato comovente e bem documentado do pianista e compositor colombiano que desistiu de uma carreira brilhante em Paris para intervir no deserto cultural que era Cali entre os anos trinta e cinquenta, onde fundou o Conservatório de Música e contribuiu para o desenvolvimento do Instituto de Belas Artes.
25/10/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: Luis Ospina
Em colaboração com o Doclisboa
Filmes de Luis Ospina
duração total da projeção: 72 min / legendados eletronicamente em português e inglês | M/12
Com a presença de Luis Ospina
ACTO DE FE (REDUX)
de Luis Ospina
com David Hamburger, Herbert Di Gioia
Colômbia, 1970-2017 – 17 min
AUTORRETRATO (DORMIDO)
de Luis Ospina
Colômbia, 1971 – 4 min
EL BOMBARDEO DE WASHINGTON
de Luis Ospina
Colômbia, 1972 – 1 min
ASUNCIÓN
de Luis Ospina, Carlos Mayolo
com Marina Restrepo, Mónica Silva, Vicenta Carabalí, Genaro de Gamboa
Colômbia, 1975 – 17 min
CAPÍTULO 66
de Luis Ospina, Raúl Ruiz
com Ricardo Duque, Rolf Abderhalden, María Paulina de Zubiría
Colômbia, 1994 – 27 min
HAY QUE SER PACIENTE
de Luis Ospina
Colômbia, 2015 – 3 min
SELFISH
de Luis Ospina
Colômbia, 2018 – 3 min
Atravessada pelo humor e pelo experimentalismo que caracterizam grande parte do cinema de Ospina, a sessão abre com os primeiros trabalhos do cineasta e encerra com o último. ACTO DE FE foi realizado ainda enquanto aluno da escola de cinema da UCLA, nos Estados Unidos, e é uma adaptação do conto Erostrate, de Jean-Paul Sartre. A versão apresentada ("redux") resulta de um restauro da versão de 1970, em que algum do material original teve de ser substituído. AUTORRETRATO (DORMIDO) é uma variação sobre SLEEP, de Andy Warhol, que condensa dez horas de uma noite de sono de Ospina em três minutos de filme. Experiência com “found footage” inspirada na obra de Bruce Conner, EL BOMBARDEO DE WASHINGTON apresenta uma visão da cidade como que bombardeada pelo ar. Já ASUNCIÓN, curta-metragem ficcional escrita e realizada em colaboração com Carlos Mayolo, versa sobre a vingança de uma empregada doméstica contra os seus patrões. O programa prossegue com CAPÍTULO 66, “telenovela gótica” de cariz experimental filmada durante uma oficina com estudantes orientada por Raul Ruiz em Bogotá. Recorrendo mais uma vez a material de arquivo, HAY QUE SER PACIENTE faz parte de um projeto mais lato de Jorge Caballero Ramos e aborda a condição de “paciente” no contexto do labiríntico sistema de saúde da Colômbia. A fechar a sessão, SELFISH, um exercício sobre a construção da identidade nos tempos modernos, produzido em 2018 e apresentado aqui em estreia mundial.
25/10/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: Luis Ospina
Em colaboração com o Doclisboa
Neige
Neve
de Juliet Berto, Jean-Henri Roger
com Juliet Berto, Jean-François Stévenin, Robert Liensol, Eddie Constantine
França, 1981 - 90 min
legendado em português e eletronicamente e inglês | M/16
Carta Branca a Luis Ospina
Com a presença Luis Ospina e de Jean-François Stévenin
Uma história de droga (“neve”) na paisagem noturna de Paris, pelas ruas de Barbès e Pigalle, marca a estreia na realização da atriz de Godard e Rivette, Juliet Berto. Berto, que morreu precocemente, realizou três filmes inolvidáveis: NEIGE, CAP CANAILLE (ambos coassinados com Jean-Henri Roger) e HAVRE. Em NEIGE também é intérprete, na figura de Anita, uma jovem empregada de bar que procura ajudar uma série de toxicodependentes em carência devido à morte do dealer pela polícia.