La Traviata, uma das mais belas óperas de Verdi, é transposta ao grande ecrã por Franco Zeffirelli, produtor de óperas e realizador de adaptações de clássicos literários ao cinema (como Shakespeare), acompanhado da batuta de James Levine e da Metropolitan Opera. Com a soprano Teresa Stratas e o tenor Plácido Domingo, a história vem de um outro clássico,
A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas, sobre o amor ilícito entre uma cortesã e um jovem burguês, cuja relação é transtornada pelo pai dele em prol do lugar da família na sociedade francesa. Eis os traços trágicos que se repetem, inevitável e inexoravelmente em LA TRAVIATA, onde o talento de Zeffirelli para a direção de arte e o olho para o guarda-roupa o leva a conceber um mundo luxuoso sem ser opressivo, colocando o foco firmemente nos intérpretes e nas suas vozes. O realizador pega na encenação que fez em 1958 com Maria Callas, em Dallas, no Texas, para nos mostrar o desfecho narrativo primeiro, com os três atos da ópera como
flashback. Um dos 100 filmes preferidos de Akira Kurosawa.
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