Não é só a ideia original que tem a assinatura de Sergio Leone: tudo, da estrondosa música de Morricone até à escala épica da história, comunica com o universo do realizador de IL BUONO, IL BRUTTO, IL CATTIVO, tendo aliás o famoso cineasta italiano realizado algumas sequências, nomeadamente o inclassificável duelo final. Assistente de Leone e realizador de um dos melhores
spaghettis do ano dourado do género, 1967 (I GIORNI DELL’IRA), com Lee Van Cleef como lendário
gunman em choque com o seu pupilo, Tonino Valerii volta a fazer rodar a história em torno da relação aluno-mestre, desta feita, entre “Nessuno” (ninguém), papel que catapulta Terence “Trinità” Hill para a posteridade, e Henry Fonda, cerca de cinco anos depois de C’ERA UNA VOLTA IL WEST. A parada é alta neste jogo gato-rato com a História e o estatuto quase mítico do “ninguém” contra um lendário
cowboy que, apesar de envelhecido, ainda tem tudo para se tornar o maior pistoleiro à face da Terra. Como disse Leone sobre este filme: “seria interessante confrontar o mito com a sua caricatura”. Primeira passagem na Cinemateca, a exibir em cópia digital.
consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui