27/09/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
BALLADE POUR UN HOMME SEUL
de Lionel Soukaz
com Pascal Gaétan
França, 1968 – 18 min / sem diálogos
LOLO MÉGALO BLESSÉ EN SON HONNEUR
de Lionel Soukaz
com Lionel Soukaz
França, 1974 – 17 min / sem diálogos
MAMAN QUE MAN
de Lionel Soukaz
com Didier Hercend, Luc Bernard, Marie Thonon
França, 1982 – 48 min | legendado eletronicamente em português
Duração total da projeção: 83 min | M/16
Em BALLADE POUR UN HOMME SEUL, o seu primeiro filme, Soukaz evoca a figura de um amigo de infância numa corrida colina abaixo a toda a velocidade, uma “inocente cavalgada, só que conduzida pelo seu desejo”, como lembra Stéphane Gérard. A câmara acompanha o movimento com um travelling que vai dar a um corpo tombado entre papoilas – “não se sabe se estaria morto ou vivo” – num gesto em que o sofrimento perante a betonização das cidades se depara com a força da natureza. “Éramos já todos ecologistas de alma”, disse Soukaz. LOLO MÉGALO BLESSÉ EN SON HONNEUR revela o jovem cineasta – com apenas 20 anos – em processo de descoberta artística e identitária. A saudade, a solidão e o travestismo fundem-se num grito performativo – “Ama-me!” – que dança entre a memória política e a afirmação de um lado feminino. Nixon e Giscard desfilam no televisor enquanto o corpo se move, vulnerável e rebelde, diante da câmara. MAMAN QUE MAN é, talvez, o mais cru dos filmes desta sessão. Enquanto a mãe morre de cancro, Laurent entrega-se a uma relação com um estranho que promete fazer avançar a sua carreira. A promessa e a perda colidem numa narrativa que não busca consolo, apenas presença – mesmo que fugaz – diante do abismo.
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