CICLO
Nos 30 Anos Do Miradouro Da Lua


Em 1993, Jorge António escreve e realiza O MIRADOURO DA LUA, a sua primeira longa-metragem que seria também a primeira co-produção luso-angolana. Trinta anos depois da estreia de MIRADOURO (em Portugal, a 10 de março de 1995), e no ano em que se celebram os 50 anos de independência de Angola, regressamos ao filme e em torno dele apresentamos ainda um conjunto de outros títulos realizados ou produzidos em ambos os países por Jorge António.
Nascido em Lisboa em 1966, Jorge António inicia uma actividade cineclubista durante os estudos secundários e realiza uma dezena de filmes amadores em suporte 8mm e Super 8. Em 1985 ingressa na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa, que termina em 1988 com especialização na área de Produção, o mesmo ano em que viaja pela primeira vez para Angola. Trabalha com vários realizadores e produtores, colabora em diversos projectos editoriais (Revista de Cinema, Cadernos, Cinema em Português) e, três anos depois, realiza o seu primeiro filme
(O FUNERAL). Depois de O MIRADOURO DA LUA regressa e fixa-se em Angola, e é desde 1995 o produtor executivo da Companhia de Dança Contemporânea de Angola, da coreógrafa e investigadora Ana Clara Guerra Marques.
As cinco sessões que integram este Ciclo serão acompanhadas por Jorge António, “o realizador estrangeiro que mais tem filmado em e sobre Angola”.
 
 
29/05/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Nos 30 Anos Do Miradouro Da Lua

Curtas -Metragens | Nos 30 anos do Miradouro Da Lua
 
30/05/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Nos 30 Anos Do Miradouro Da Lua

Par Lá Dos Meus Passos
de Kamy Lara
Angola, 2019 - 72 min
30/05/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Nos 30 Anos Do Miradouro Da Lua

O Miradouro Da Lua
de Jorge António
Portugal, Angola, 1993 - 88 min
31/05/2025, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Nos 30 Anos Do Miradouro Da Lua

A Ilha Dos Cães
de Jorge António
Angola, 2017 - 80 min
29/05/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Nos 30 Anos Do Miradouro Da Lua
Curtas -Metragens | Nos 30 anos do Miradouro Da Lua
com a presença de Jorge António
FROM LUANDA... WITH LOVE
de Jorge António
Angola, 2020 – 6 min
 
CECI N’EST PAS UNE PORTE
de João Paulo Amaro
com os Bailarinos da Companhia de Dança Contemporânea de Angola
Angola, 2016 – 4 min
 
AXILUANDA
de Rita GT
com os Bailarinos da Companhia de Dança Contemporânea de Angola
Angola, 2014 – 5 min
 
PAISAGENS PROPÍCIAS
de Jorge António & Graça Castanheira
com Rui Lopes Graça, João Lucas & os Bailarinos da Companhia de Dança Contemporânea de Angola
Angola, 2013 – 25 min
 
ALAMBAMENTO
de Mário Bastos (Fradique)
com Correia Adão, Marieta Cabuço, Alfredo Simão, Dom Pedro Dikota
Angola, 2010 – 15 min
 
O GATO PRETO
de Jorge António
com Arnaldo Barão, Luís Correia Sr., Sofia Rodrigues e Jorge António
Portugal, 1986 – 6 min

Duração total da projeção: 61 minutos | M/12

CECI N’EST PAS UNE PORTE regista uma peça coreográfica de Ana Clara Guerra Marques e Nuno Guimarães em torno do corpo e do seu aprisionamento, liberdade e sobrevivência. AXILUANDA é uma performance em vídeo realizada nos escombros do Bairro Chicala, em Luanda. PAISAGENS PROPÍCIAS acompanha o trabalho de preparação da Temporada 2012 da Companhia de Dança Contemporânea de Angola através da pesquisa e reinterpretação da obra de Ruy Duarte de Carvalho. ALAMBAMENTO (no casamento tradicional angolano, a entrega do dote pela família do noivo à família da noiva) “foi um projecto que nasceu da necessidade que eu tinha de contar uma história Angolana para os Angolanos” (Mário Bastos). Originalmente filmado em S8mm durante o período em que Jorge António frequentava a Escola de Cinema, O GATO PRETO revisita o seu começo no cinema. A abrir a sessão, FROM LUANDA… WITH LOVE, realizado durante o período de recolhimento obrigatório durante a pandemia COVID. À excepção de O GATO PRETO, primeiras exibições na Cinemateca.
30/05/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Nos 30 Anos Do Miradouro Da Lua
Par Lá Dos Meus Passos
de Kamy Lara
com António Sande, André Baptista, Benjamin Curti, Daniel Curti, Samuel Curti
Angola, 2019 - 72 min
M/12
com a presença de Jorge António
PARA LÁ DOS MEUS PASSOS acompanha o processo de montagem do espectáculo (Des)Construção, da Companhia de Dança Contemporânea de Angola. “PARA LÁ DOS MEUS PASSOS usa o espetáculo como ponto de partida para acompanhar a reflexão dos bailarinos sobre os temas explorados ao longo da peça: as suas origens, as suas tradições, a perda de identidade e a construção de uma nova, imposta pelo tempo e pela mudança de uma zona rural para uma Luanda urbana. Uma história semelhante para tantos angolanos e angolanas.” (Kamy Lara) Primeira exibição na Cinemateca.
30/05/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Nos 30 Anos Do Miradouro Da Lua
O Miradouro Da Lua
de Jorge António
com João Cabral, Aline Solange, Paulo Xisto, Isabel de Castro, Paulo Bolota, Custódia Correia
Portugal, Angola, 1993 - 88 min
M/12
com a presença de Jorge António e João Cabral
A primeira longa de Jorge António, O MIRADOURO DA LUA, lida com a memória portuguesa de África no momento presente do início dos anos 1990 em que foi feito, seguindo a visita de um jovem português estudante de teatro a Luanda até onde viaja a convite do pai, que não conhece. Na viagem, conhece uma estudante angolana que regressa ao seu país. Quando se dirige à morada de seu pai, tem uma grande surpresa. Foi a primeira coprodução luso­angolana.
31/05/2025, 18h30 | Sala Luís de Pina
Nos 30 Anos Do Miradouro Da Lua
A Ilha Dos Cães
de Jorge António
com João Cabral, Ângelo Torres, Nicolau Breyner, Ciomara Morais
Angola, 2017 - 80 min
M/12
com a presença de Jorge António e Ângelo Torres
Inspirado no romance Os Senhores do Areal do escritor angolano Henrique Abranches, A ILHA DOS CÃES marca o regresso de Jorge António à ficção, numa narrativa que cruza dois tempos, o do colonialismo português e o contemporâneo. “É um filme de género, um filme ancorado no fantástico, onde os cães que habitam a ilha do título, são uma espécie de criaturas de um outro mundo, de uma outra lógica, aparições fantasmáticas e terríveis sempre que há uma vingança a cumprir, uma justiça a pôr em ordem – e, no filme, ‘vingança’ e ‘justiça’ são irmãs siamesas.” (Jorge Leitão Ramos, Expresso) Primeira exibição na Cinemateca.