CICLO
FILMar com O Dia Mais Curto


A curta-metragem é, no cinema português, vasto campo para a experimentação, a descoberta e a possibilidade de se inventar modos narrativos mais próximos e atentos ao detalhe. O FILMar volta a juntar-se ao programa O Dia Mais Curto, projeto europeu promovido, em Portugal, pela Agência da Curta-Metragem, com uma seleção de títulos de autores contemporâneos em diálogo com a memória, a partir das temáticas e dos modos de dar a ver o trabalho, a paisagem, as comunidades e as histórias que nos permitem construir e identificar pertenças. Os cinco títulos escolhidos resumem, ainda, esforços comuns na identificação, preservação, promoção e inscrição do património fílmico nas práticas de programação da curta-metragem, contribuindo para renovadas formas de receção, nomeadamente na perceção do género como contribuinte ativo para a proximidade entre espetadores e realidades próximas. Com o apoio do programa EEAGrants 2020-2024.
 
 
21/12/2022, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo FILMar com O Dia Mais Curto

Programa de curtas-metragens
duração total da projeção: 79 min | M/12
 
21/12/2022, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
FILMar com O Dia Mais Curto
Programa de curtas-metragens
duração total da projeção: 79 min | M/12
sessão com apresentação
MATA DO BUSSACO
de Hans Berge (atribuído)
Noruega, sem data identificada - 8 min / legendado eletronicamente em português

LAGOA
Portugal, 1929 - 4 min

NESTOR
de João Gonzalez
Portugal, Reino Unido, 2019 - 6 min

DOCAS DE LISBOA
de Mota da Costa
Portugal, 1932 - 12 min / intertítulos em português

BEACON
de Matthias Muller, Christoph Girardet
Alemanha, Portugal, 2002 - 15 min / legendado em português

HEITOR SEM NOME
de Vasco Saltão
com Isac Graça, Afonso Molinar, Gustavo Sumpta, João Nunes
Portugal, 2022 - 30 min

BARQUINHA
de Sebastião Varela
Portugal, 2022 / 4 min

A sessão abre com o filme MATA DO BUSSACO, recentemente descoberto na Biblioteca Nacional da Noruega, rodado nas primeiras décadas do século XX, e atribuído a um dos pioneiros do cinema norueguês. É um documento histórico que mostra as relações sociais – e com elas o que se possa pressupor de relações económicas – e as práticas culturais na Mata do Bussaco, captadas como registo quotidiano e com objetivos de reconhecimento e fixação, pelo cinema enquanto processo de maravilhamento e espanto. Dois títulos – LAGOA e DOCAS DE LISBOA – recentemente digitalizados pelo projeto FILMar, registam a atividade laboral e social quotidianas de comunidades para as quais a intensa relação com o mar é também testemunho dos progressos urbanísticos, industriais e sociais, num momento em que o cinema servia de documento para registar a atualidade. As produções contemporâneas dão conta de como nas pequenas histórias podemos ler a inventividade, a experimentação e a realidade de comunidades, paisagens e rostos tendencialmente anónimos ou secundarizados. Excecionalmente, juntamos a esta sessão o videoclip BARQUINHA do grupo Expresso Transatlântico (Gaspar Varela, Sebastião Varela, Rafael Matos, Conan Osiris), canção inspirada em MARIA DO MAR (1930), de Leitão de Barros. À exceção de DOCAS DE LISBOA e BEACON, os filmes têm a sua primeira exibição na Cinemateca.

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