Associando o início da sua atividade, como produtor, ao arranque do Cinema Novo nos anos 60, com "Os Verdes Anos" de Paulo Rocha (1963), "Belarmino" de Fernando Lopes" (1964) e "Domingo à Tarde" de António de Macedo (1965), António da Cunha Telles produziu também, nesses anos, Faria de Almeida, Manuel Guimarães e Carlos Villardebó, mas também Pierre Kast ("PXO", correalizado com Jacques Doniol-Valcroze, e "Vacances Portugaises, 1963/64, este último com Clara d'Ovar) e François Truffaut ("La Peau Douce", 1964, de que foi produtor associado). Os filmes das Produções Cunha Telles vão ser mostrados em junho, neles se incluindo uma sessão de números de 1967 do jornal de atulidades "Cine Almanaque" produzido para a Ullyssea Filmes.
O seu relevante trabalho como distribuidor na Animatógrafo está representado na retrospetiva, em junho, com a exibição de filmes de Renoir, Malraux, Glauber Rocha, Godard, Jan Nemec, Alain Tanner e, em primeiras apresentações na Cinemateca, "Yawar Mallku / Sangue de Condor" de Jorge Sajines (1969) e "Attica" de Cinda Firestone (1972). O documentário "Chamo-me António da Cunha Telles", de Alvaro Romão, produzido por Isabel Chaves para Hora Mágica (2011), é também um filme da retrospetiva.
Atualizado com o programa integral da retrospetiva em junho e julho, a consultar aqui.